Bio-Arte é tema de encontro no Museu Soares dos Reis
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Bio-Arte é tema de encontro no Museu Soares dos Reis
«Arte e Ciência hYbrid: Reflections on Science and Art » acontece depois de amanhã no Museu Nacional de Soares dos Reis organizado pelo IBMC-INEB e pelo projecto Ectopia. Este encontro, aberto ao público, traz ao Porto diversos artistas de vanguarda dos quatro cantos do mundo (Austrália, Estados Unidos, Canadá e vários países europeus) para debater questões éticas envoltas na criação artística em bio-arte e o papel de cientistas e artistas neste cenário transversal. Inicia-se às 9h30 e prolongar-se-á o dia todo, com tempo para uma visita ao museu e à exposição de arte e ciência que ocupa uma das salas do Museu.»
Um grupo heterogéneo, que inclui cientistas como Louis-Marie Houdebine e Alexandre Quintanilha, e artistas como George Gessert, Ionat Zurr e Jennifer Willet, irá discutir onde estão as fronteiras entre arte e ciência. Para os organizadores, o hYbrid espera tornar-se um espaço de encontro e diálogo entre áreas do saber distintas mas com preocupações éticas transversais às da sociedade ocidental contemporânea.
Neste contexto, serão certamente discutidas questões como: onde começa a vida; quando atravessamos as barreiras da manipulação para o lado da eugenia; quais os limites da ciência; quais os limites da arte; pode a arte intervir na evolução das espécies; tudo pode ser permitido em nome da arte ou da ciência; é ético utilizar animais como objecto artístico.
A arte como arma de arremesso durante convulsões sociais na história da humanidade é um facto tácito. E este papel foi quase sempre assumido pelos movimentos de vanguarda que se imiscuíam em novas áreas muito antes delas se virem a tornar um processo sem retorno. Estes movimentos fizeram o progresso, quer remetendo para o baú ideias retrógradas ou incertas e, quer acarinhando progresso e inovação de processos e ideias.
Os organizadores do encontro hYbrid, que reúne artistas, cientistas, sociólogos e filósofos de todo o mundo para partilharem ideias sobre as fronteiras entre arte e ciência, esperam com estes encontros dar espaço a esta vanguarda e promover neste evento a discussão sobre algumas das correntes mais inovadoras e polémicas da arte contemporânea.
Segundo Sónia Martins, uma das organizadoras “se uma área emerge, é porque há substância a alimentá-la, então é preciso entendê-la e sendo de interesse, colaborar com ela”. Ainda segundo a organizadora esta forma de expressão artística “não só invoca os temas vindos da ciência, como trabalha com eles, e isso quer dizer que o mundo anda atento ao que andamos a fazer; é uma excelente oportunidade de comunicarmos – de falar e ouvir - porque não conversar com a arte e com o mundo?”
As ciências da vida, áreas científicas centrais deste encontro, são muito provavelmente a área do conhecimento que mais evoluiu nos últimos anos e a que mais contribuirá, pelo menos durante o próximo meio século, para mudar o mundo tal como o conhecemos, ou a visão que temos sobre nós. A manipulação genética, a biotecnologia, a nanotecnologia são algumas das áreas que parecem abrir as portas para um mundo ilimitado de possibilidades.
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